O historiador Alexsandro Acioly se prepara para lançar uma obra inédita que promete revelar aspectos desconhecidos da história do cangaço no Nordeste. O livro “Antônio Silvino – o processo de Itabaiana (PB) em 1942” será apresentado ao público no dia 26 de setembro, durante o 5º Encontro do Borborema Cangaço, na cidade de Monteiro, Paraíba.
A importância de Antônio Silvino na história do cangaço
Segundo Acioly, a escolha por abordar a figura de Antônio Silvino não é casual. O historiador explica que Silvino representa um marco na evolução do cangaço, renovando o modo de operação em relação aos seus antecessores.
“Diferente de figuras como Jesuino Brilhante e Adolfo Meia-Noite, ele deu uma renovada nesse modo de agir, inclusive começou a percorrer vários trechos em outros estados, uma região maior”, destaca o organizador.
Enquanto Adolfo atuava apenas em Pernambuco e Paraíba, e Jesus Brilhante no Rio Grande do Norte e um trecho da Paraíba, Antônio Silvino expandiu sua área de atuação para Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e até o Piauí, demonstrando uma estratégia territorial mais ampla.
O papel da imprensa no destaque de Lampião
Uma das reflexões mais interessantes apresentadas por Acioly diz respeito ao papel da mídia na notoriedade dos cangaceiros. O historiador observa que o principal motivo pelo qual Lampião ganhou mais destaque que Antônio Silvino foi justamente a questão da imprensa. “Na época em que Silvino governou os sertões, como eles diziam, a imprensa não tinha o poder de divulgação que teve a partir dos anos 1920, quando Lampião entrou para o cangaço”, explica.
O pesquisador cita o famoso episódio de Benjamin Abrahão, que conseguiu chegar até o grupo de Lampião, conseguindo fotograr e filmar todo o bando. “Isso complicou muito a vida de Lampião depois dessa divulgação de fotos e vídeos. A caçada a ele ficou mais forte”, analisa Acioly, demonstrando como a mídia influenciou diretamente no combate ao cangaço.
Um documento histórico e inédito
O livro traz à luz um documento que poucos conhecem e que nunca foi publicado: a transcrição completa do processo judicial de Antônio Silvino em 1942, em Itabaiana, Paraíba. O cangaceiro foi preso nas ruas da cidade porque estava “destratando o presidente da República”, na época Getúlio Vargas.
“Ele foi recolhido à cadeia, foi ouvido… é um documento que creio poucas pessoas têm, mas que nunca foi publicado”, revela o organizador.
A obra apresenta toda a transcrição desse processo histórico, oferecendo uma visão única sobre os últimos anos de vida do famoso cangaceiro.
O lançamento no 5º Encontro do Borborema Cangaço
A escolha do local para o lançamento também é estratégica. O evento acontecerá durante o 5º Encontro do Conselho Pimentel do Borborema Cangaço, que ocorre nos dias 26, 27 e 28 de setembro na cidade de Monteiro. Acioly, que é conselheiro perpétuo da organização, foi convidado pelo Prsidente do Conselho, Julierme, que prefaciou o livro, para fazer o lançamento durante o evento.
“O encontro conta com escritores do Brasil todo, palestrantes e estudiosos do cangaço, então achei esse evento interessante para que fosse feito o lançamento”, justifica o historiador. O evento reunirá especialistas e interessados na temática, proporcionando um ambiente ideal para a discussão e divulgação da obra.
Colaborações e expectativas
O livro conta com colaborações importantes: prefácio de Julierme Wanderley e apresentação de Alexandre Moraes, que também foi responsável pela criação da capa da obra.
As expectativas do organizador são as melhores para a recepção do livro, que promete contribuir significativamente para os estudos sobre o cangaço e para a compreensão de um período crucial da história nordestina. A obra representa não apenas um documento histórico, mas também um esforço de preservação da memória regional e de acesso a fontes primárias que estavam restritas a poucos pesquisadores.
O lançamento de “Antônio Silvino – o processo de Itabaiana PB) em 1942” promete ser um marco para os estudiosos do cangaço e para todos os interessados em conhecer mais profundamente essa fascinante página da história do Nordeste brasileiro.
o Corujão do Pepeu
A importância de Antônio Silvino na história do cangaço
Segundo Acioly, a escolha por abordar a figura de Antônio Silvino não é casual. O historiador explica que Silvino representa um marco na evolução do cangaço, renovando o modo de operação em relação aos seus antecessores.
“Diferente de figuras como Jesuino Brilhante e Adolfo Meia-Noite, ele deu uma renovada nesse modo de agir, inclusive começou a percorrer vários trechos em outros estados, uma região maior”, destaca o organizador.
Enquanto Adolfo atuava apenas em Pernambuco e Paraíba, e Jesus Brilhante no Rio Grande do Norte e um trecho da Paraíba, Antônio Silvino expandiu sua área de atuação para Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e até o Piauí, demonstrando uma estratégia territorial mais ampla.
O papel da imprensa no destaque de Lampião
Uma das reflexões mais interessantes apresentadas por Acioly diz respeito ao papel da mídia na notoriedade dos cangaceiros. O historiador observa que o principal motivo pelo qual Lampião ganhou mais destaque que Antônio Silvino foi justamente a questão da imprensa. “Na época em que Silvino governou os sertões, como eles diziam, a imprensa não tinha o poder de divulgação que teve a partir dos anos 1920, quando Lampião entrou para o cangaço”, explica.
O pesquisador cita o famoso episódio de Benjamin Abrahão, que conseguiu chegar até o grupo de Lampião, conseguindo fotograr e filmar todo o bando. “Isso complicou muito a vida de Lampião depois dessa divulgação de fotos e vídeos. A caçada a ele ficou mais forte”, analisa Acioly, demonstrando como a mídia influenciou diretamente no combate ao cangaço.
Um documento histórico e inédito
O livro traz à luz um documento que poucos conhecem e que nunca foi publicado: a transcrição completa do processo judicial de Antônio Silvino em 1942, em Itabaiana, Paraíba. O cangaceiro foi preso nas ruas da cidade porque estava “destratando o presidente da República”, na época Getúlio Vargas.
“Ele foi recolhido à cadeia, foi ouvido… é um documento que creio poucas pessoas têm, mas que nunca foi publicado”, revela o organizador.
A obra apresenta toda a transcrição desse processo histórico, oferecendo uma visão única sobre os últimos anos de vida do famoso cangaceiro.
O lançamento no 5º Encontro do Borborema Cangaço
A escolha do local para o lançamento também é estratégica. O evento acontecerá durante o 5º Encontro do Conselho Pimentel do Borborema Cangaço, que ocorre nos dias 26, 27 e 28 de setembro na cidade de Monteiro. Acioly, que é conselheiro perpétuo da organização, foi convidado pelo Prsidente do Conselho, Julierme, que prefaciou o livro, para fazer o lançamento durante o evento.
“O encontro conta com escritores do Brasil todo, palestrantes e estudiosos do cangaço, então achei esse evento interessante para que fosse feito o lançamento”, justifica o historiador. O evento reunirá especialistas e interessados na temática, proporcionando um ambiente ideal para a discussão e divulgação da obra.
Colaborações e expectativas
O livro conta com colaborações importantes: prefácio de Julierme Wanderley e apresentação de Alexandre Moraes, que também foi responsável pela criação da capa da obra.
As expectativas do organizador são as melhores para a recepção do livro, que promete contribuir significativamente para os estudos sobre o cangaço e para a compreensão de um período crucial da história nordestina. A obra representa não apenas um documento histórico, mas também um esforço de preservação da memória regional e de acesso a fontes primárias que estavam restritas a poucos pesquisadores.
O lançamento de “Antônio Silvino – o processo de Itabaiana PB) em 1942” promete ser um marco para os estudiosos do cangaço e para todos os interessados em conhecer mais profundamente essa fascinante página da história do Nordeste brasileiro.
o Corujão do Pepeu