Outro empreendimento que está se instalando é o Shopping Serra Talhada,
com investimento de R$ 30 milhões, previsto para iniciar as operações na
metade de 2019. O centro de compras vai ter cerca de 80 lojas e deve
gerar 400 empregos diretos. Também abrigará uma universidade privada.
“Fizemos estudos e identificamos que a viabilidade econômica do
empreendimento é garantida com a população de 500 mil habitantes em
cidades no entorno de Serra Talhada”, explica o diretor da JDS
Incorporadora, Murilo Duque.
De olho no desenvolvimento econômico, o
Sistema S vai abrir uma Unidade de Educação Profissional de Serra
Talhada para impulsionar a qualificação dos trabalhadores. A estimativa é
de que pessoas de dez municípios serão beneficiadas com a oferta de
cursos de beleza, turismo, saúde, informática, entre outros. O
investimento é de R$ 14 milhões. Já o Sesc vai criar um Centro de
Atividades Esportivas, Culturais, de Lazer e Turismo Social por R$ 12
milhões. O projeto está em fase de aprovação de edital de licitação. As
obras devem ser concluídas no primeiro semestre de 2019 e de 2021,
respectivamente.
“O município de Serra Talhada situa-se numa região
estratégica de desenvolvimento econômico de Pernambuco, além disso, o
surgimento de investimentos imobiliários através do turismo e do
desenvolvimento comercial e educacional tem gerado maior crescimento da
demanda por educação profissional. Esta é uma região cujo potencial
econômico não é tão bem aproveitado”, comenta o presidente do Sistema
Fecomércio/Senac/Sesc-PE, Josias Albuquerque. Para somar, o município
também terá o Hospital Geral do Sertão, com capacidade para 500
internamentos por mês. O investimento é de R$ 60 milhões.
As
potencialidades de Serra Talhada e 14 cidades do entorno são objeto de
estudo do Instituto Fecomercio e o Sebrae, que contrataram a Ceplan para
o levantamento de oportunidades de negócios e formulação de diretrizes.
Os municípios registraram PIB de R$ 3,326 bilhões, em 2015, sendo que
Serra Talhada tem participação em 1/3 do valor. Em seguida, vem Afogados
da Ingazeira (11%), Floresta (10,8%) e Custódia (10,2%).
“Os 15
municípios envolvem cinco regiões de desenvolvimento: Pajeú, Itaparica,
Araripe, Moxotó e Sertão Central. 59% são urbanizados, em média. O maior
peso é da administração pública por causa dos municípios pequenos. Já
em Serra Talhada e Afogados da Ingazeira, o foco é comércio e serviços.
Também há presença de indústrias na região. Entre 2007 e 2017, Serra
Talhada recebeu R$ 131 milhões em investimentos de implantação e
modernização de indústria. Floresta teve R$ 40 milhões Afogados da
Ingazeira recebeu R$ 36 milhões. Também há oportunidades de turismo,
como a Rota do Cangaço e Lampião e a Serra do Giz, um dos mais
importantes sítios arqueológicos da pré-história nordestina”, diz o
sócio-diretor da Ceplan e coordenador do estudo, Osmil Galindo.
Apesar
da potencialidade, ainda é necessário melhor a infraestrutura. “É uma
região de grande potencial, independente do aeroporto. Porém, a
infraestrutura é um dos gargalos em questões como as estradas sem
acostamentos. Também se concentra ali uma mão de obra jovem que precisa
se qualificar”, comenta a diretora executiva do Instituto Fecomercio-PE,
Brena Castelo Branco.
Aeroporto
O voo que liga Serra
Talhada, no Sertão do Estado, ao Recife deve ficar para o próximo ano.
Isso porque o Aeroporto Santa Magalhães, do município sertanejo, ainda
precisa de ajustes antes de receber certificação da Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac), como o alargamento da pista e a construção de uma
cerca ao redor do sítio aeroportuário. A Azul garante que está pronta
para iniciar as operações em Serra Talhada e está “apenas aguardando” a
certificação do aeroporto.
O voo comercial estava previsto para
começar a operar ainda este ano. De acordo com o secretário de
Transportes do Estado, Antônio Júnior, o alargamento das laterais da
pista, com uma terraplanagem, foi uma exigência nova da Anac para
garantir a segurança dos usuários.
“O que falta para o aeroporto
ficar pronto e receber a certificação é a cerca e a terraplanagem. O
resto já está pronto, o atraso é justamente por causa das exigências da
Anac, que chegou a mudar os projetos. A gente entende que é por questões
de segurança, perfeitamente aceitável. O prazo (para início) é de 90
dias”, disse o secretário. “A construção da cerca já está começando”,
acrescenta Júnior.
No total, a previsão é de que o investimento no
aeroporto seja de R$ 35 milhões. O valor inclui verba do Ministério dos
Transportes para a construção de um terminal de passageiros definitivo.
Procurada,
a Anac respondeu que o operador aeroportuário local precisa cumprir as
adequações necessárias solicitadas para o iníco dos voos regulares. “O
prazo para o cumprimento das adequações depende do operador local,
responsável”, disse a agência.
Até o fim do mês, o governo estadual
também deve lançar a licitação para escolher uma nova administradora
para o Aeroporto Santa Magalhães. A última empresa à frente do
equipamento, a Dix Empreendimentos, deixou a administração após o Estado
atrasar repasses. Um acordo foi firmado com a Dix e o pagamento será
providenciado, garante o secretário. A Dix Empreendimentos afirma que
está mantendo contato constante com a Secretaria de Transportes para
solucionar a pendência. Também não descarta a possível participação em
uma nova licitação para administrar o aeroporto de Serra Talhada.
A
expectativa do Sertão pelo modal é grande. A colunista social Andréa
Martins organizou o evento “O voo do desenvolvimento” para debater a
estratégia que a região vai utilizar para fortalecer a rede de turismo e
atrair empreendimentos. Participaram os prefeitos de Triunfo, Afogados
da Ingazeira e Solidão, além de representantes de associações ligadas ao
turismo, como a Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav) e a
Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH).
“Triunfo está
preparando a infraestrutura da cidade para o aeroporto. Já abrimos três
museus nos últimos anos e vamos inaugurar a Casa dos Caretas também. O
aeroporto é a oportunidade que temos de agarrar com unhas e dentes para
gerar emprego e renda”, comenta o prefeito de Triunfo, João Batista. A
cidade recebe 250 mil visitantes por ano, possui 1,2 mil leitos.
Já o
vice-presidente da ABIH, Eduardo Cavalcanti, expressou preocupação com a
sustentabilidade do voo. “A Azul é uma empresa privada, então, se não
houver demanda para o voo, ele será cancelado. É preciso que os
empresários da região se mobilizem e façam ações, como oferecer desconto
para os hóspedes que chegarem de avião”, sugeriu.
Reproduzido por Blog Tv Web Sertão
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