Neide Tenório acompanha o filho, Ramon, para dar entrada no DPVAT
Fotos: Samira Ayub/RBV NEWS
Ramon Rudney Tenório recebeu alta da Santa Casa nesta tarde e foi até o Procon solicitar o seguro DPVAT. Acompanhado da mãe, jovem apresentava dificuldades em caminhar e falar.
A segunda vítima do acidente entre uma
caminhonete e um táxi, ocorrido na madrugada da última segunda-feira
(11), Ramon Rudney Tenório (21), deixou a Santa Casa na tarde desta
sexta-feira (15) e acompanhado da mãe, Neide Tenório (39), seguiu direto
para o Procon, onde deu entrada no pedido do Seguro por Danos Pessoais
Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).
Com muita dificuldade para andar e falar, o jovem contou que estava em Campo Grande a quatro dias. Natural de Pernambuco, Ramon e a família moram em São Paulo e vislumbraram em Mato Grosso do Sul uma oportunidade de trabalho para o jovem, já que outros amigos dele já estavam na cidade. Ele veio trabalhar como assistente de eletricista no novo shopping que está em fase de construção no Bairro Nova Lima.
“Meu filho não é de sair, não bebe e não vai para baladas. Na segunda-feira, saiu aqui para ver como era o Carnaval da Fernando Corrêa da Costa e ele e o Pedro (jovem que morreu) decidiram voltar de táxi porque já era tarde e poderia ser perigoso”, explicou a mãe.
Neide informou ainda que irá processar o
motorista da caminhonete, o administrador de fazenda Diogo Machado
Teixeira (36). Ela revelou que foi procurada por um advogado da família,
que ofereceu R$ 50 (cinquenta reais), por dia para arcar com os gastos
iniciais, mas que jamais receberam qualquer valor.
“Um procurador da família nos ofereceu R$ 50 por dia, mas nunca nos repassou valor algum. Nós vamos processá-lo. Meu filho veio para trabalhar e agora está assim. Não sabemos mais como e quando ele poderá trabalhar novamente e nós vamos voltar para São Paulo, onde está nossa família”, explicou Neide.
Coração de mãe - Neide
Tenório não trabalha fora de casa, ela diz com um sorriso no rosto que
cuida da casa. Ela concordou com a vinda do filho para Campo Grande,
porque os amigos de infância, entre eles, José Pedro, já estavam na
cidade, e como Ramon sempre trabalhou, ela pensou que não haveria
problemas.
"A rotina do meu filho sempre foi essa,
ele saía de casa às 5 horas da manhã e voltava pelas 22 horas", afirmou
Neide. "Foi uma dor muito forte quando cheguei aqui e encontrei meu
filho desse jeito. Só quem é mãe e pai sabe a dor que estou sentindo",
desabafou Neide.
Ramon mostra como ficou depois do acidente
Ao saber que o condutor que causou o
acidente, Diogo Machado, disse para a imprensa que está chateado e que
irá promover campanhas contra direção e álcool, a mãe de Ramon,
questiona, "Agora? Depois que tirou a vida de uma pessoa, e deixou dois
na cama de um hospital, ele quer levantar bandeira? Pra que? Porque não
pensou isso antes de sair naquela noite?".
Neide contou que ainda não conhece a
família do administrador de fazendas, mas não tem interesse em conhecer.
"Eu quero justiça", ressaltou Neide.
O taxista Sebastião Mendes da Rocha (51) segue internado na Santa Casa da Capital com estado de saúde estável.
Samira Ayub e Elcilene Holsback/RBV News
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midiamax:
Ramon teve lesões nas pernas, inclusive com um fêmur quebrado em três partes, no braço e na região do peito.
Luiz Alberto
Ramon teve lesões nas pernas, inclusive com um fêmur quebrado em três partes, no braço e na região do peito.
Luiz Alberto
Ramon mostra ferimentos causados pelo acidente
O jovem, que não se lembra de nada do acidente, ainda disse que lamenta muito a morte do amigo José. “Fiquei sabendo aqui no hospital, depois de acordar, nem sei quanto tempo fiquei dormindo”, lamentou.