“Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.” (Mateus 10.28)
Num ato de covardia e sede no patrimônio alheio, o mesmo teve findado os seus dias de vida deixando para trás a sua esposa, cinco filhos e os doze netos que junto com os demais, estão inconsoláveis com a perca do querido avô que cuidava com muito amor e era a alegria de todos.
“E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem- aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam”. Ap 14.13.
Que contra-senso, os mortos serem bem-aventurados! Na lógica da vida, os vivos é que deveriam estar felizes, muito felizes pela oportunidade da vida.
Cremos em Deus que o nosso amado pai esteja em um lugar de repouso e descanso na eternidade, já que não pôde descansar seus anos de vida aqui na terra, pois tinha apenas 60 anos de vida e havia acabado de entrar na melhor idade. O seu Tião, durante grande parte de sua vida pode escutar a palavra de Deus por intermédio de sua esposa Rosa Maria, cristã da igreja Católica e uma das últimas palavras que ouviu, foi a do seu filho mais velho nos momentos finais de sua vida: Meu pai creia no Senhor Jesus e Ele pode te salvar...
Infelizmente, nem todos os que morrem são bem-aventurados, mas só os que morrem no Senhor, os que morrem salvos e lavados pelo sangue precioso de Jesus. Esses são bem-aventurados, felizes, muito felizes para sempre! Cremos firmemente que o nosso pai entregou a sua alma ao Senhor nos momentos finais da sua vida, as dores que ele sentia era muito grande e ele sabia que não iria chegar com vida no Recife...
Cremos em Deus também que a justiça será feita e que os responsáveis pelo latrocínio pagarão caro pelo que fizeram e que Deus não deixará impune o sangue de um homem bom e justo que foi derramado por causa da ganancia e da criminalidade que tomou de conta do nosso sertão e que colocou no fundo do abismo uma família de pessoas honestas e trabalhadoras que não mereciam passar por um momento tão difícil como este.

Deus declarou para Caim: "a voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra" (Gênesis 4.10). O derramar do sangue de Abel era o derramar de sua própria vida, e grande foi o seu clamor. O sangue de Abel clama desde a terra, sobe até os céus e, diante de Deus, clama por justiça.
Nenhum de nós, que tem a Bíblia como sua regra de fé, duvida de que o sangue derramado sobre a terra clama ao Senhor por justiça.
Os próprios glorificados, que aguardam o Dia do Senhor, testificam isso: “Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (Ap 6.10).
Ainda existe uma chance para todos. Enquanto o sangue dos justos que foram mortos apontam para cima e clamam por justiça, o sangue de Jesus aponta para baixo e oferece misericórdia. Resta a cada um de nós que ainda vivemos, nos apropriar desta grande dádiva que será o nosso único passaporte para a vida eterna.
Ainda nos resta a esperança em Deus que também é nosso “Pai”, que Ele não nos abandonará e nos dará o conforto esperado e a felicidade de estarmos nos reencontrando com Tião e matando as saudades na glória certa e vindoura.