Até agora, a Operação Gabarito, que investiga 98 pessoas, prendeu 26 suspeitos. O delegado identificou indícios de crimes de mais 26 investigados e, por isso, pediu a prisão deles. O titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDJ) de João Pessoa lamentou a decisão.
“Mesmo com todas as provas apreendidas, comprovantes bancários, cartões de inscrição em concursos, planilhas com divisão de lucros, interceptação, conversas em WhatsApp, entre outras coisas, a Justiça entendeu que os membros da organização criminosa não deveriam ser presos. Vamos em busca de mais evidências e reunir mais provas. Quem sabe com isso a justiça se convença de que o que esse pessoal fez é grave e que eles não podem ficar soltos”, desabafou Lucas Sá.
O último relatório da Polícia Civil, que deflagrou a quarta fase da operação, contém 300 páginas de conteúdo probatório. Segundo o delegado Lucas Sá, a investigação prossegue na busca de mais suspeitos que participaram do esquema.
A Operação Gabarito, da Polícia Civil da Paraíba, investiga um grupo suspeito de fraudar pelo menos 70 concursos públicos e vestibulares e lucrar ao menos R$ 18 milhões com a aprovação de mais de 500 pessoas. As fraudes teriam começado em 2005 na Paraíba e também em outros estados nordestinos, como Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e no Piauí.
Do Portal Correio