Estado Islâmico chegou ao fim, mas não há motivos para comemorar. O “califado” não existe mais, embora seu ideal islâmico persista.


Estado Islâmico chegou ao fim, mas não há motivos para comemorar. O “califado” não existe mais, embora seu ideal islâmico persista.

O domínio territorial do Estado Islâmico chegou ao fim. Durante as últimas semanas estava reduzido a duas vilas e uma aldeia no deserto, junto à fronteira entre o Iraque e a Síria. Seu autoproclamado califado desapareceu, cerca de três anos após ter sido estabelecido.
As forças sírias capturaram a última grande cidade dominada por esses extremistas no seu país e o exército do Iraque detém o controle de todas as cidades que ficaram sob o regime dos jihadistas.
As perdas dos dois lados da fronteira revelam que o califado que chegou a governar um terço do Iraque e da Síria, subjugando milhões de pessoas agora está agora reduzido a uma vila: Al-Qaim, no Iraque. Ele ainda mantém sua posição em uma aldeia à beira do rio Eufrates, chamada Rawa. Quandoo exército sírio anunciou hoje (9) que retomou o controle da cidade de Abu Kamal, interrompeu a comunicação entre os dois últimos redutos do Estado Islâmico.
A coalizão liderada pelos EUA quem vem bombardeando o EI e apoiando os aliados em terra disse que os jihadistas estão reduzidos a cerca de 5 mil soldados, espalhados pelo deserto e se escondendo entre os refugiados que ainda fogem da guerra na Síria.
“Esperamos que eles tentem fugir, mas sabemos disso e faremos todo o possível para aniquilar os líderes do EI”, assegurou o porta-voz americano, coronel Ryan Dillon.
“Enquanto os soldados do EI continuam sendo caçados nessas pequenas áreas, os vemos fugindo para o deserto e se esconderem por lá, numa tentativa de voltarem a ser um grupo terrorista de insurreição”, explica Dillon. “A ideia do Estado Islâmico como um califado virtual não será derrotada num futuro próximo. Vai continuar a existir uma ameaça”, encerra.
O primeiro-ministro do Iraque Haidar Abadi disse que seu país está quase totalmente livre do Estado Islâmico e os esforços do governo agora são pela reconstrução do país. A ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediada no Reino Unido, confirma que o EI não tem mais territórios na Síria, embora a guerra contra o governo do ditador Bashar al-Assad continue.
A ONU estima que mais de 400 mil sírios morreram. Milhões se viram obrigados a abandonar suas casas e o país, consolidando a pior crise de refugiados na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
O líder do califado, Abu Bakr al-Baghdadi, foi dado como morto, mas órgãos de imprensa do Egito afirmam que ele ainda comanda os jihadistas de um esconderijo na Síria. Em 28 de setembro, circulou o último vídeo onde ele se dirigia aos militantes da sua organização terrorista.
Nada a comemorar
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Criticado por fechar suas fronteiras aos imigrantes, o governo do primeiro-ministro da Hungria György Bakondi anunciou nesta quinta-feira de manhã no canal M1 que “Milhares de combatentes do Estado islâmico com a cidadania da União Europeia estão retornando para suas casas. Isso representa um risco de segurança extremamente grave, pois o movimento ao longo das três rotas de migração, pelos Balcãs, da Itália e da Espanha, aumentou muito recentemente”.
O temor de vários países europeus é o mesmo dos Estados Unidos. Ataques de “lobos solitários” como de Sayfullo Saipov em Manhattan. O imigrante do Uzbequistão afirmava ser um “soldado do califado”.
As reivindicações de responsabilidade do EI como grupo terrorista e não como estado independente vem sendo uma constante em todos os atentados realizados nos últimos anos. O califado pode ter chegado ao fim, mas a ideologia terrorista dos extremistas muçulmanos continua viva.
Em outros países do Oriente Médio e do Norte da África, isso é sentido mais de perto. Em países como Egito e Nigéria, grupos de simpatizantes do EI vem agindo de forma independente, mas repetem o discurso sobre o estabelecimento de zonas de sharia (lei religiosa islâmica) que pertenceriam ao califado.
Profecias ainda não cumpridas
Um dos aspectos que chama atenção dos especialistas em Islamismo é que, semelhantemente à teologia cristã, o islamismo possui profecias sobre o final do mundo.
Os diversos líderes do Estado Islâmico sempre insistem que estão se preparando para a “batalha final” entre o bem e o mal, que contará inclusive com Jesus Cristo voltando a Terra para se juntar a sua causa.
William McCants, do Centro Brookings para Política do Oriente Médio, afirma que essas previsões apocalípticas não vêm do Alcorão, mas da literatura religiosa conhecida como o Hadith, uma compilação de ensinamentos atribuídos ao profeta Maomé por seus seguidores mais de cem anos após sua morte.
A volta da decapitação como forma de punição dos inimigos e a inauguração de um califado é apenas alguns dos vários acontecimentos que o Hadith aponta como início do fim do mundo. A ideia é que o Islã estaria se fortalecendo ao retomar as práticas dos tempos de sua fundação por Maomé. Também ensina que o Apocalipse será anunciado pela guerra em Damasco, capital da Síria, de um “anticristo”, chamado pelo Islã de ad-Dajjal.
As profecias afirmam que esse ad-Dajjal governará num momento em que a homossexualidade e a imoralidade se tornarem regra no mundo. Ele irá dividir os muçulmanos em uma grande guerra até que ser derrotado após o surgimento de uma figura messiânica chamada de “Madhi”. Esse poderoso guerreiro se levantará na Arábia Saudita, na cidade sagrada de Meca, onde reunirá seu exército. Receberá então o apoio de Jesus Cristo que, segundo o Hadith, aparecerá “em algum momento durante o final dos dias”.

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