O Governo do Estado, atendendo pedido do Comandante Geral da PMPE, acaba de reduzir o interstício para promoção dos Oficiais, beneficiando principalmente o coronelato. Apesar de reunirem os requisitos previstos na Lei Complementar nº 134/2008, os praças não tiveram a mesma sorte e foram preteridos pelo Governo.
O Estado possui atualmente 782 vagas para terceiro-sargento, enquanto milhares de cabos e soldados com mais de 20, 25 anos de serviço estão sendo escanteados. Há também 326 vagas para segundo-sargento e centenas de terceiros-sargentos lutando pela redução do interstício,mas o Governo apenas os ignora. (continua...)
O pedido de redução chegou a ser formulado oficialmente pelo Presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Deputado Guilherme Uchoa, através da indicação nº 7474/2013, publicada em novembro de 2013 no Diário Oficial. Contudo, o governador Eduardo Campos simplesmente negou o pedido do parlamentar mais influente de Pernambuco, decepcionando e frustrando centenas de militares e suas famílias, que depositaram confiança no atendimento do pleito. A justificativa do Governo é que a promoção dos praças (não dos oficiais) causaria repercussão financeira para o Estado, o que não é verdade, pois a maioria dos 3º sargentos já recebe como 2º, além do que já existe a previsão orçamentária para os claros existentes.
Com tal atitude, o presidenciável Eduardo Campos demonstra não se importar com os profissionais que labutam nas ruas diariamente e contribuem para o sucesso do PACTO PELA VIDA, seu principal cartão de visitas. Os praças arriscam suas vidas na linha de frente e os comandantes levam o bônus. Não há como negar que o governador desconsidera a força e a importância da tropa e não está dando a devida atenção para o caso. Assim como o Comandante Geral da Corporação, que se nega a ouvir seus subalternos e favorece apenas os oficiais.
Os graduados não sendo promovidos impede também a ascensão dos cabos e soldados: talvez seja exatamente isso que o Governo e os coronéis queiram. É hora de a família PMPE se unir e dar a resposta nas urnas. Se levarmos em conta nosso efetivo (incluído os parentes e amigos), somos mais de 100 mil votos. Vamos mostrar nossa força não votando nos candidatos do PSB ou qualquer indicado pelo governador.