TÁ RUIM A COISA: Garoto-propaganda Arakem, o show man, da Copa de 86 não quer sua imagem associada a esta Copa


TÁ RUIM A COISA: Garoto-propaganda Arakem, o show man, da Copa de 86 não quer sua imagem associada a esta Copa

Arakem, o show man, foi um personagem que fez muito sucesso durante no ano de 1986. Criado para ser o garoto-propaganda da programação daquele ano da Globo, acabou ganhando uma participação especialíssima nas transmissões dos jogos da Copa do México.

Interpretado pelo publicitário José Antonio Barros Freire, hoje dono de uma produtora de vídeo, Arakem representava o torcedor brasileiro que, apesar dos poucos atrativos físicos, era um sucesso entre as mulheres. Na Copa, no entanto, seu slogan mudou de "show man" para "gol man". (continua...)
A reportagem do UOL encontrou Barrinhos, apelido pelo qual é conhecido, para uma entrevista sobre Arakem. Embora tenha agradecido pela lembrança, o publicitário recusou-se a dar entrevista sobre o assunto por não querer sua imagem associada à Copa de 2014 no Brasil.

"Neste ano não quero promover o personagem por causa de toda a polêmica de 'vai ter Copa' ou 'não vai ter Copa'.", disse em rápida conversa telefônica.

Após a derrota do Brasil para a França naquele ano, Barrinhos concentrou-se em sua carreira na publicidade. Hoje produz documentários históricos. Apesar da declaração, ele afirmou não ter nada contra a Copa.

"Não sou contra a Copa, mas eu estou centrado em produzir documentários históricos sobre nossos antepassados. Não seria legal para o que faço agora promover um garoto-propaganda da Copa. Tudo o que podia ser dito sobre esse personagem já foi dito", encerrou.

O roteirista Alexandre Machado, autor de "Os Normais" e responsável pela criação de Arakem, disse acreditar que Barrinhos possa ter se decepcionado com a derrota do Brasil em 1986.

"Ele era muito popular. Lembro de a gente ter ido jantar após a gravação de uma das vinhetas e ele não conseguiu comer, tamanho era o assédio. Ele representou o torcedor brasileiro, mas como o Brasil perdeu, o personagem também teve que morrer. É natural. Ele nunca me disse nada, mas acho que ficou triste."

Machado conta que a derrota no México também lhe rendeu uma gafe. "Eu fui para o festival de publicidade em Cannes com a camisa do Arakem, que era uma camisa com a bandeira do Brasil. Desfilei com a camisa no voo, fiz trânsito em Paris, voei para Cannes. Aí chego no hotel, ligo a TV e vejo aquela tragédia do Brasil perdendo para a França. Os franceses ficaram dois dias buzinando por causa daquilo e, indiretamente, me infernizando."
James Cimino
UOL Editado por Folha Política

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