
Interpretado pelo publicitário José Antonio Barros Freire, hoje dono de uma produtora de vídeo, Arakem representava o torcedor brasileiro que, apesar dos poucos atrativos físicos, era um sucesso entre as mulheres. Na Copa, no entanto, seu slogan mudou de "show man" para "gol man". (continua...)
A reportagem do UOL encontrou Barrinhos, apelido pelo qual é conhecido, para uma entrevista sobre Arakem. Embora tenha agradecido pela lembrança, o publicitário recusou-se a dar entrevista sobre o assunto por não querer sua imagem associada à Copa de 2014 no Brasil.
"Neste ano não quero promover o personagem por causa de toda a polêmica de 'vai ter Copa' ou 'não vai ter Copa'.", disse em rápida conversa telefônica.
Após a derrota do Brasil para a França naquele ano, Barrinhos concentrou-se em sua carreira na publicidade. Hoje produz documentários históricos. Apesar da declaração, ele afirmou não ter nada contra a Copa.
"Não sou contra a Copa, mas eu estou centrado em produzir documentários históricos sobre nossos antepassados. Não seria legal para o que faço agora promover um garoto-propaganda da Copa. Tudo o que podia ser dito sobre esse personagem já foi dito", encerrou.
O roteirista Alexandre Machado, autor de "Os Normais" e responsável pela criação de Arakem, disse acreditar que Barrinhos possa ter se decepcionado com a derrota do Brasil em 1986.
"Ele era muito popular. Lembro de a gente ter ido jantar após a gravação de uma das vinhetas e ele não conseguiu comer, tamanho era o assédio. Ele representou o torcedor brasileiro, mas como o Brasil perdeu, o personagem também teve que morrer. É natural. Ele nunca me disse nada, mas acho que ficou triste."
Machado conta que a derrota no México também lhe rendeu uma gafe. "Eu fui para o festival de publicidade em Cannes com a camisa do Arakem, que era uma camisa com a bandeira do Brasil. Desfilei com a camisa no voo, fiz trânsito em Paris, voei para Cannes. Aí chego no hotel, ligo a TV e vejo aquela tragédia do Brasil perdendo para a França. Os franceses ficaram dois dias buzinando por causa daquilo e, indiretamente, me infernizando."
James Cimino
UOL Editado por Folha Política
"Neste ano não quero promover o personagem por causa de toda a polêmica de 'vai ter Copa' ou 'não vai ter Copa'.", disse em rápida conversa telefônica.
Após a derrota do Brasil para a França naquele ano, Barrinhos concentrou-se em sua carreira na publicidade. Hoje produz documentários históricos. Apesar da declaração, ele afirmou não ter nada contra a Copa.
"Não sou contra a Copa, mas eu estou centrado em produzir documentários históricos sobre nossos antepassados. Não seria legal para o que faço agora promover um garoto-propaganda da Copa. Tudo o que podia ser dito sobre esse personagem já foi dito", encerrou.
O roteirista Alexandre Machado, autor de "Os Normais" e responsável pela criação de Arakem, disse acreditar que Barrinhos possa ter se decepcionado com a derrota do Brasil em 1986.
"Ele era muito popular. Lembro de a gente ter ido jantar após a gravação de uma das vinhetas e ele não conseguiu comer, tamanho era o assédio. Ele representou o torcedor brasileiro, mas como o Brasil perdeu, o personagem também teve que morrer. É natural. Ele nunca me disse nada, mas acho que ficou triste."
Machado conta que a derrota no México também lhe rendeu uma gafe. "Eu fui para o festival de publicidade em Cannes com a camisa do Arakem, que era uma camisa com a bandeira do Brasil. Desfilei com a camisa no voo, fiz trânsito em Paris, voei para Cannes. Aí chego no hotel, ligo a TV e vejo aquela tragédia do Brasil perdendo para a França. Os franceses ficaram dois dias buzinando por causa daquilo e, indiretamente, me infernizando."
James Cimino
UOL Editado por Folha Política