O líder do PT no Senado, Humberto Costa, afirmou, nesta segunda-feira (9), que a presidente Dilma Rousseff deveria tomar a frente dos esclarecimentos à população sobre as medidas econômicas e previdenciárias adotadas pelo governo no início deste ano. Para o senador, o governo tem falhado ao utilizar “intermediários” - e não a própria presidente - para justificar os atos impopulares. “O governo está falhando bastante nisso e essa questão precisa ser recuperada. E o mais importante, quem tem que, principalmente, desempanhar esse papel de falar com a população é a presidente da República, não é nenhum intermediário”, afirmou Humberto, após reunião com a nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
Para Humberto, o governo deve ressaltar “o tempo inteiro” que essas medidas são temporárias, irão durar o “mínimo possível” e têm como objetivo retomar o desenvolvimento econômico do país. “Muitas dessas medidas na área da Previdência são medidas para corrigir distorções e isso não foi explicado para a população”, exemplificou. Continua...De acordo com ele, sem as devidas explicações vindas da própria Dilma, a versão exposta pela oposição prevalece. “Nós temos falhado fortemente em comunicar corretamente à população o que está sendo feito e o que se pretende fazer”, avaliou.
A declaração foi dada após o petista ser questionado sobre a queda de popularidade de Dilma Rousseff, registrada na pesquisa do Datafolha. Números divulgados no último domingo mostram que entre dezembro e fevereiro o índice de avaliação ótimo/bom de Dilma caiu de 42% para 23%.
Reunião
Humberto esteve reunido com o presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa (PDT), e com o primeiro-secretário da Casa, Diogo Moraes, além de outros deputados, ex-deputados e assessores. Em entrevista após o encontro, Uchoa (PDT) disse que o senador propôs uma “aliança pelo bem-estar” da população de Pernambuco.
Entre os alvos da “aliança” estão obras viárias e da transposição do Rio São Francisco. “São obras que os recursos já existem e seja por problema de ordem burocrática, ambiental ou de projeto estão demorando para efetivamente serem concluídas ou iniciadas”, apontou Humberto.
Do Diario de Pernambuco