
Militares encontraram valas comuns em regiões onde ocorreram combates na guerra civil que já dura mais de dois anos no país. Nelas, foram achados corpos mutilados e queimados. A violência deixou dezenas de milhares de pessoas mortas e estagnou por completo o crescimento econômico nacional.
“A comissão encontrou casos de violência sexual e de gênero por ambas as partes praticados contra mulheres”, diz o relatório. “Ele também documentou a crueldade extrema exercida através da mutilação de corpos, incineração de corpos, derramamento de sangue humano das pessoas que tinham acabado de morrerem e forçando outras de uma comunidade étnica a beber o sangue ou comer carne humana queimada”, diz o relatório da União Africana.

Liderados pelo ex-presidente nigeriano Olusegun Obasanjo, os investigadores tentam encontrar pistas para por fim no conflito. O Sudão do Sul é cenário desde dezembro de 2013 de uma guerra entre exército regular leal ao presidente Salva Kiir, da etnia Dinka, e uma rebelião dirigida por seu ex-vice, Riek Machar, da etnia Nuer, o que já deixou milhares de mortos e 2,2 milhões de deslocados.
Mais de 30.000 pessoas nas zonas de guerra do Sudão do Sul correm o risco de morrer de fome, informou a ONU.
Apesar de o estado oficial da fome não ter sido declarado, ao menos 30.000 pessoas vivem "em condições extremas e enfrentam fome e morte", depois de 22 meses de guerra civil, informa um comunicado conjunto de três agências das Nações Unidas, a Unicef Unicef (Infância e Adolescência), FAO (Agricultura e Alimentação) e o PMA (Programa Mundial de Alimentos).