Após o Instituto Butantan anunciar uma eficácia geral de 50,38% da vacina CoronaVac, algumas dúvidas surgiram em relação aos números divulgados anteriormente, como o índice de 78% para prevenção de casos leves de coronavírus e o de 100% para casos moderados e graves da doença.
Pensando nisso, o VivaBem conversou com a diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Flávia Bravo, para entender as diferenças entre as porcentagens e a importância da vacinação no Brasil neste momento, com mais de 200 mil mortes já registradas por covid-19.
"Um jeito de entender [por que com esses percentuais a vacina é eficaz] é pensar ao receber a imunização: eu até posso adoecer, mas não terei uma doença grave, não vou internar, não vou para a UTI nem precisarei de oxigênio. É isso que a gente necessita agora. Em termos de saúde pública, isso é importante para aliviar a pressão no sistema de saúde", diz a especialista.
Entenda os 100% de eficácia da CoronaVac
O estudo foi feito com 13.060 voluntários, todos profissionais da saúde, uma população muito exposta à doença. Metade do grupo tomou a vacina CoronaVac e a outra parte recebeu placebo. Desde o início do ensaio, em julho, 252 pessoas foram infectadas com covid-19 —167 do grupo placebo e 85 entre os vacinados.
Entre elas, no grupo vacinado, não houve nenhum caso com doença moderada a grave, que precisou de internação. Sete casos foram registrados no grupo que não foi vacinado.
Se não houve nenhum caso no grupo vacinado, isso configura em uma eficácia de 100% para evitar casos graves, moderados, internações e mortes pela doença
E o que significam os 78%
Para as infecções que foram leves, ou seja, quando pessoa apresentou poucos sintomas de covid-19 e recebeu algum tipo de assistência médica, mas não precisou de internação, houve sete casos no grupo vacinado e 31 no grupo de placebo.
Segundo Bravo, isso significa que, para a prevenção para casos leves de covid-19, com sintomas, mas sem necessidade de internação, a eficácia é de 78%.
E os 50,38%
Esse número é calculado com os 252 casos de pessoas que adoeceram dos dois grupos (o placebo e o vacinado), com qualquer gravidade da doença, na qual a proteção foi de 50,38%. "É um cálculo estatístico no qual se concluiu que temos uma proteção de 50%, ou seja, temos 50,38% menos risco de adoecer e, mesmo que adoeçamos, temos 100% de eficácia para não adoecer gravemente, não precisar internar, não precisar de uma UTI e também não vai morrer".
50% + 50% é igual a 100%?
A diretora da SBIm também esclarece que, ao tomar as duas doses da CoronaVac, o valor de eficácia geral não é somado e chega a 100%, como algumas pessoas estão afirmando nas redes sociais. Isso porque o resultado de 50,38% é contando já com as duas doses aplicadas.
No Twitter, a thread (sequência de tuítes) do médico Marcio Bittencourt teve grande repercussão, com mais de 27 mil curtidas. Ele explica, ponta a ponta, os resultados do estudo sobre a CoronaVac no país. "Os resultados da CoronaVac são muitos bons! Eles têm impactos na estratégia de uso, eles tem limitações, mas eles são bons mesmo", escreveu.
Do VivaBem, em São Paulo
Pensando nisso, o VivaBem conversou com a diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Flávia Bravo, para entender as diferenças entre as porcentagens e a importância da vacinação no Brasil neste momento, com mais de 200 mil mortes já registradas por covid-19.
"Um jeito de entender [por que com esses percentuais a vacina é eficaz] é pensar ao receber a imunização: eu até posso adoecer, mas não terei uma doença grave, não vou internar, não vou para a UTI nem precisarei de oxigênio. É isso que a gente necessita agora. Em termos de saúde pública, isso é importante para aliviar a pressão no sistema de saúde", diz a especialista.
Entenda os 100% de eficácia da CoronaVac
O estudo foi feito com 13.060 voluntários, todos profissionais da saúde, uma população muito exposta à doença. Metade do grupo tomou a vacina CoronaVac e a outra parte recebeu placebo. Desde o início do ensaio, em julho, 252 pessoas foram infectadas com covid-19 —167 do grupo placebo e 85 entre os vacinados.
Entre elas, no grupo vacinado, não houve nenhum caso com doença moderada a grave, que precisou de internação. Sete casos foram registrados no grupo que não foi vacinado.
Se não houve nenhum caso no grupo vacinado, isso configura em uma eficácia de 100% para evitar casos graves, moderados, internações e mortes pela doença
E o que significam os 78%
Para as infecções que foram leves, ou seja, quando pessoa apresentou poucos sintomas de covid-19 e recebeu algum tipo de assistência médica, mas não precisou de internação, houve sete casos no grupo vacinado e 31 no grupo de placebo.
Segundo Bravo, isso significa que, para a prevenção para casos leves de covid-19, com sintomas, mas sem necessidade de internação, a eficácia é de 78%.
E os 50,38%
Esse número é calculado com os 252 casos de pessoas que adoeceram dos dois grupos (o placebo e o vacinado), com qualquer gravidade da doença, na qual a proteção foi de 50,38%. "É um cálculo estatístico no qual se concluiu que temos uma proteção de 50%, ou seja, temos 50,38% menos risco de adoecer e, mesmo que adoeçamos, temos 100% de eficácia para não adoecer gravemente, não precisar internar, não precisar de uma UTI e também não vai morrer".
50% + 50% é igual a 100%?
A diretora da SBIm também esclarece que, ao tomar as duas doses da CoronaVac, o valor de eficácia geral não é somado e chega a 100%, como algumas pessoas estão afirmando nas redes sociais. Isso porque o resultado de 50,38% é contando já com as duas doses aplicadas.
No Twitter, a thread (sequência de tuítes) do médico Marcio Bittencourt teve grande repercussão, com mais de 27 mil curtidas. Ele explica, ponta a ponta, os resultados do estudo sobre a CoronaVac no país. "Os resultados da CoronaVac são muitos bons! Eles têm impactos na estratégia de uso, eles tem limitações, mas eles são bons mesmo", escreveu.
Do VivaBem, em São Paulo