Brasileiro vê piora da pandemia e só acredita em vacina para todos em 2022, mostra pesquisa


Brasileiro vê piora da pandemia e só acredita em vacina para todos em 2022, mostra pesquisa

Passado um ano do começo da pandemia de Covid-19, o brasileiro ainda vê que a situação está piorando, longe de uma volta à normalidade. Essa conclusão está em uma pesquisa encomendada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ao Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) para medir o sentimento da população do país neste começo de 2021.
No levantamento, feito com a participação on-line de 3 mil pessoas de mais de 18 anos de todas as regiões entre 1º e 7 de março, 74% declararam que a situação da pandemia está se agravando no Brasil. Para 16% ela é estável. Os que veem melhora são apenas 9%.
Entre os que mais notam uma piora estão às mulheres e os idosos com mais de 60 anos (em ambos os grupos, essa foi à observação de 78%). Essa percepção também é alta entre os que têm nível superior (76%) e os que possuem renda entre dois e cinco salários mínimos (75%).
O contraste entre a vida pré e pós-pandemia ainda é claro para a maior parte dos ouvidos: 73% deles dizem que a vida está muito diferente do que era antes da Covid. A rotina voltou em parte ao normal para 20%. Já o restante ou afirma que nada mudou (3%) ou que tudo voltou ao normal (3%).
Nesse cenário negativo para a maioria, a vacinação aparece para 77% como “a única forma segura e eficaz de se proteger do coronavírus”. A falta de confiança nos imunizantes é relatada por poucos, 14%.
Tempo
São também poucos (16%) os que acham o ritmo da campanha de imunização contra o coronavírus é “satisfatório e normal”, pela “pouca disponibilidade da oferta dessas vacinas”. Para a maior parte dos entrevistados (81%) ele é “insatisfatório e lento”. Os descontentes queixam-se de “falta de um melhor planejamento para atender a demanda”.
Diante disso, ver a vacina contra o Sars-CoV-2 chegar a grande parte da população aparece nos resultados da enquete como algo distante da realidade atual. Para 62% a vacinação em massa só virá em 2022. A esperança para o segundo semestre de 2021 é mantida por 29%. Mais cedo que isso, ainda no primeiro semestre, é uma visão de somente 5%.
“Estamos completando um ano de uma crise de saúde e humanitária sem precedentes e as milhares de mortes e casos mostram a face mais sombria do primeiro ano da pandemia, que contagiou também a atividade econômica, continua paralisando o país e colocou a todos em compasso de espera”, comenta Isaac Sidney, presidente da Febraban, na apresentação do estudo, que reservou cotas de participantes por idade, sexo e localidade, para extrair um retrato mais amplo da sociedade brasileira.
Nesse período de um ano, a Covid também tornou-se algo próximo da vida da maioria. A pesquisa indica que a doença e até o luto por causa dela já fazem parte da experiência de diversos entrevistados: 55% têm algum amigo ou parente que foi contaminado pelo coronavírus. Os que perderam alguém querido com essa enfermidade são 52%.
Distância
Ainda na questão dos afetos, a enquete também evidencia a saudade do convívio com aqueles que amamos. “Encontrar os familiares que não têm visto” é o desejo que saiu campeão na questão do que as pessoas querem fazer depois da vacinação, apontado por 31%. Na lista também figuram viajar (19%), encontrar amigos (11%), fazer uma comemoração (9%), voltar às aulas presenciais (7%), ir a shoppings, bares e restaurantes (4%) e retornar ao trabalho presencial (4%).
Apesar da nostalgia das atividades fora de casa, a maioria dos ouvidos apoia medidas mais restritivas contra as aglomerações. A fiscalização ainda está abaixo do necessária para 55%. Já outros 36% pensam que esse controle está na medida certa e, para 7%, ele é até exagerado.
Além dos impactos nas relações sociais, destaca o sociólogo Antonio Lavareda, presidente do conselho científico do Ipespe, a pesquisa identificou que a pandemia é sentida no bolso. Em uma questão sobre as alterações observadas na vida no decorrer do último ano, 58% assinalaram que as mudanças estão nas finanças e nas relações interpessoais.
A saúde mental e emocional, porém, vem quase empatada: foi marcada por 57% dos entrevistados como algo que mudou. Também foram lembrados o ambiente de trabalho (53%), a forma de consumir (38%), os estudos (35%), a saúde física (35%), a fé e a espiritualidade (25%).

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