Os grandes bancos privados do país não vão embarcar na proposta aprovada pelo Congresso e sancionada esta semana pelo presidente Jair Bolsonaro de oferecer empréstimo consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil, multiplicando os recursos nas mãos das famílias às vésperas da eleição.
Bradesco, Itaú, Santander, Nubank e BMG são algumas das instituições que já decidiram não oferecer o crédito. A recusa do mercado vem após o governo lançar a iniciativa sem, por exemplo, colocar um limite à taxa de juros a ser cobrada.
Após a divulgação da proposta, levantamento do GLOBO junto a instituições financeiras mostrou que o consignado já era oferecido com juros de até 78% ao ano. A saída em série dos grandes bancos mostra que há uma preocupação sobre a efetividade da medida e seu impacto na própria imagem das instituições, apontam especialistas ouvidos pelo GLOBO.
O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, afirmou na sexta-feira que, como se trata de operação de juros elevados (sem teto definido) e o auxílio de R$ 600 tem data para terminar (dezembro), o banco decidiu não oferecer o consignado:
— Não se trata de uma aposentadoria ou pensão, mas um benefício a pessoas que estão em dificuldades. Portanto, o Bradesco não vai operar nessa carteira. Estamos falando de pessoas vulneráveis. Em vez de ser uma boa operação para o banco e para o cliente, entendemos que a pessoa terá mais dificuldade quando o benefício cessar.
Entre os demais bancos privados, o Itaú disse que não tem perspectivas de vir a trabalhar com a modalidade. Santander, Nubank, BMG e Inter também não vão ofertar o empréstimo, assim como o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob).
Já o banco PAN informou que está se preparando para oferecer a modalidade de crédito e que sua atuação será limitada ao previsto na proposta do governo.
Fonte: O Globo
Bradesco, Itaú, Santander, Nubank e BMG são algumas das instituições que já decidiram não oferecer o crédito. A recusa do mercado vem após o governo lançar a iniciativa sem, por exemplo, colocar um limite à taxa de juros a ser cobrada.
Após a divulgação da proposta, levantamento do GLOBO junto a instituições financeiras mostrou que o consignado já era oferecido com juros de até 78% ao ano. A saída em série dos grandes bancos mostra que há uma preocupação sobre a efetividade da medida e seu impacto na própria imagem das instituições, apontam especialistas ouvidos pelo GLOBO.
O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, afirmou na sexta-feira que, como se trata de operação de juros elevados (sem teto definido) e o auxílio de R$ 600 tem data para terminar (dezembro), o banco decidiu não oferecer o consignado:
— Não se trata de uma aposentadoria ou pensão, mas um benefício a pessoas que estão em dificuldades. Portanto, o Bradesco não vai operar nessa carteira. Estamos falando de pessoas vulneráveis. Em vez de ser uma boa operação para o banco e para o cliente, entendemos que a pessoa terá mais dificuldade quando o benefício cessar.
Entre os demais bancos privados, o Itaú disse que não tem perspectivas de vir a trabalhar com a modalidade. Santander, Nubank, BMG e Inter também não vão ofertar o empréstimo, assim como o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob).
Já o banco PAN informou que está se preparando para oferecer a modalidade de crédito e que sua atuação será limitada ao previsto na proposta do governo.
Fonte: O Globo