Apesar dos bons números, desaceleração na geração de vagas é esperada para o 2º semestre por causa dos efeitos da alta na Selic
Os dados do IBGE mostram que parte da recuperação do mercado de trabalho no segundo trimestre tem a ver com a volta na prestação de serviços públicos — especialmente de educação e saúde —, após a redução nas restrições ao contato social devido à Covid-19.
Do 1,910 milhão de vagas formais criadas no trimestre, 908 mil foram empregos com carteira assinada no setor privado. O movimento foi reforçado por postos no setor público, que podem não ser com contratação via CLT, mas são considerados formais.
Na análise por atividade econômica, a categoria “administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais” ganhou força. Foram 739 mil vagas a mais na passagem do primeiro para o segundo trimestre (e 893 mil a mais em um ano).
Dentro da atividade “administração pública”, o destaque ficou para os postos de trabalho na educação e na saúde, especialmente na educação fundamental — serviço prestado, predominantemente, pelas prefeituras.
Entre os demais setores, o comércio também registrou forte avanço. Foram 2,356 milhões de vagas a mais no setor no intervalo de um ano, alta de 14,2% na comparação com o segundo trimestre de 2021.
Desaceleração no 2º semestre?
Apesar dos bons números, uma desaceleração na geração de vagas é esperada para o segundo semestre, por causa dos efeitos da alta na taxa de juros (Selic) sobre o ritmo do crescimento econômico, segundo Eduardo Vilarim, economista do Banco Original.
Vilarim diz também que a desaceleração também deverá se refletir em uma queda mais lenta da taxa de desemprego — processo que tende a continuar ao longo de 2023. Mas parte do mercado aposta no efeito de medidas adotadas recentemente pelo governo para barrar um recuo mais forte.
“A boa retomada do mercado de trabalho e as medidas fiscais, como a PEC dos Auxílios e a redução de tributos, darão novo fôlego para a atividade econômica no terceiro trimestre”, diz Gustavo Sung, economista-chefe da consultoria Suno Research.
Por Estadão Conteúdo
Os dados do IBGE mostram que parte da recuperação do mercado de trabalho no segundo trimestre tem a ver com a volta na prestação de serviços públicos — especialmente de educação e saúde —, após a redução nas restrições ao contato social devido à Covid-19.
Do 1,910 milhão de vagas formais criadas no trimestre, 908 mil foram empregos com carteira assinada no setor privado. O movimento foi reforçado por postos no setor público, que podem não ser com contratação via CLT, mas são considerados formais.
Na análise por atividade econômica, a categoria “administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais” ganhou força. Foram 739 mil vagas a mais na passagem do primeiro para o segundo trimestre (e 893 mil a mais em um ano).
Dentro da atividade “administração pública”, o destaque ficou para os postos de trabalho na educação e na saúde, especialmente na educação fundamental — serviço prestado, predominantemente, pelas prefeituras.
Entre os demais setores, o comércio também registrou forte avanço. Foram 2,356 milhões de vagas a mais no setor no intervalo de um ano, alta de 14,2% na comparação com o segundo trimestre de 2021.
Desaceleração no 2º semestre?
Apesar dos bons números, uma desaceleração na geração de vagas é esperada para o segundo semestre, por causa dos efeitos da alta na taxa de juros (Selic) sobre o ritmo do crescimento econômico, segundo Eduardo Vilarim, economista do Banco Original.
Vilarim diz também que a desaceleração também deverá se refletir em uma queda mais lenta da taxa de desemprego — processo que tende a continuar ao longo de 2023. Mas parte do mercado aposta no efeito de medidas adotadas recentemente pelo governo para barrar um recuo mais forte.
“A boa retomada do mercado de trabalho e as medidas fiscais, como a PEC dos Auxílios e a redução de tributos, darão novo fôlego para a atividade econômica no terceiro trimestre”, diz Gustavo Sung, economista-chefe da consultoria Suno Research.
Por Estadão Conteúdo