
Um relatório da Comissão de Saúde Planetária, publicado na revista britânica Lancet, revelou que sete dos oito limites da Terra seguros para a vida sustentável na Terra foram gravemente ultrapassados.
O documento, assinado por 60 pesquisadores, afirma que as barreiras essenciais para a preservação do planeta foram rompidas, o que coloca em risco iminente a segurança energética, alimentar e hídrica.
Essa degradação aumenta as chances de conflitos, migrações em massa e, em última instância, um colapso generalizado.
Não por coincidência, a revista Nature, também britânica, havia chegado à mesma conclusão: sete das oito fronteiras planetárias já foram ultrapassadas devido à ação predatória dos seres humanos.
O conceito de “fronteiras planetárias” foi criado há cerca de 15 anos por uma equipe de cientistas, com o objetivo de identificar as principais ameaças ao planeta. Eles analisaram fatores como o clima, a biodiversidade e a disponibilidade de água doce.
O documento, assinado por 60 pesquisadores, afirma que as barreiras essenciais para a preservação do planeta foram rompidas, o que coloca em risco iminente a segurança energética, alimentar e hídrica.
Essa degradação aumenta as chances de conflitos, migrações em massa e, em última instância, um colapso generalizado.
Não por coincidência, a revista Nature, também britânica, havia chegado à mesma conclusão: sete das oito fronteiras planetárias já foram ultrapassadas devido à ação predatória dos seres humanos.
O conceito de “fronteiras planetárias” foi criado há cerca de 15 anos por uma equipe de cientistas, com o objetivo de identificar as principais ameaças ao planeta. Eles analisaram fatores como o clima, a biodiversidade e a disponibilidade de água doce.
De acordo com o relatório da Lancet, os limites da Terra ultrapassados incluem a preservação da vegetação natural, o uso da terra para a agricultura, o aquecimento global — com suas consequências devastadoras, como secas, inundações e falta de água potável —, e o excesso de nitrogênio, que contamina a água doce e subterrânea.
O mesmo ocorre com o fósforo, cujo acúmulo polui o solo e as águas. Além disso, a alteração dos fluxos de rios, lagos e reservatórios, bem como a exploração excessiva de águas subterrâneas, são motivos de preocupação.
O único limite que não foi ultrapassado, de acordo com o relatório, é o controle da poluição e do uso de aerossóis, que têm sido gradualmente reduzidos em algumas áreas, ajudando na recuperação da camada de ozônio.
Limites da Terra
Os limites planetários, propostos pela primeira vez em 2009 por um grupo de cientistas liderado por Johan Rockström, são um conjunto de nove limites biofísicos dentro dos quais a humanidade pode continuar a desenvolver-se e prosperar.Ultrapassar esses limites pode levar a mudanças ambientais drásticas e irreversíveis, comprometendo a estabilidade do planeta. São eles:
- Mudança climática: Refere-se ao aumento da concentração de gases de efeito estufa (principalmente CO₂), que resulta no aquecimento global e em mudanças climáticas extremas.
- Perda de biodiversidade (integridade da biosfera): Representa o declínio da biodiversidade, ou seja, a extinção de espécies e a perda de ecossistemas essenciais.
- Ciclo do nitrogênio e do fósforo: Diz respeito à interferência humana nos ciclos desses nutrientes essenciais. O excesso de nitrogênio e fósforo (principalmente devido ao uso de fertilizantes) causa poluição da água e do solo, levando à eutrofização.
- Uso da terra: Refere-se à conversão de áreas naturais (como florestas) em terras agrícolas ou urbanizadas, o que altera os ecossistemas e reduz a capacidade do planeta de sustentar a vida.
- Uso de água doce: Relaciona-se à retirada excessiva de água de rios, lagos e aquíferos, comprometendo o acesso a água potável e prejudicando os ecossistemas.
- Acidificação dos oceanos: O aumento das emissões de CO₂ também afeta os oceanos, tornando-os mais ácidos, o que ameaça a vida marinha e os ecossistemas oceânicos.
- Poluição química e por novos compostos: Inclui poluição por substâncias químicas sintéticas, plásticos e resíduos industriais, que podem ter efeitos tóxicos duradouros no meio ambiente e na saúde humana.
- Carga de aerossóis na atmosfera: Refere-se à presença de partículas finas suspensas no ar, provenientes de atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis. Isso pode impactar o clima e a saúde humana.
- Camada de ozônio: Relaciona-se à destruição da camada de ozônio estratosférica por substâncias químicas como os clorofluorocarbonetos (CFCs), essencial para a proteção contra radiação ultravioleta prejudicial.
Fonte: R7, G1