
Além do aumento expressivo, o Estado confirmou dois casos graves da doença e investiga três mortes para arboviroses.
Ao todo, em 2025, foram registrados 1.354 casos prováveis de dengue até a quinta semana epidemiológica, que terminou no último sábado (1º/2). Até a quarta semana, o Estado tinha 932 notificações de pessoas que adoeceram com sintomas sugestivos de dengue. Ao comparar as duas semanas, o incremento foi de 45%.
Já em relação aos confirmados, já são 108 pessoas com diagnóstico da doença; na semana anterior, eram 57 (ou seja, aumento de 90%).
De acordo com o balanço da SES-PE, o volume atual de casos prováveis é 166% maior do que o registrado no mesmo período de 2024.
A vigilância constante e a adoção de medidas preventivas são essenciais para controlar a disseminação da doença e minimizar os riscos associados aos seus diferentes sorotipos, especialmente o sorotipo 3 da dengue.
Em janeiro, a SES-PE lançou o plano de enfrentamento das arboviroses no Estado para os anos de 2025 e 2026. Segundo as estratégias, em períodos de epidemia, serão ampliados leitos em hospitais para o atendimento de casos graves, com regulação centralizada pela SES-PE.
Ainda de acordo com o plano, em períodos de epidemia, a confirmação da maioria dos casos de dengue e demais arboviroses pode ser feita pelo critério clínico-epidemiológico. A coleta de amostras, no entanto, é prioritária para casos graves, óbitos, gestantes, crianças e idosos, a fim de se fazer confirmação laboratorial.
“O Plano de Enfrentamento às Arboviroses é um documento fundamental para organizar a rede e as equipes para a sazonalidade deste grupo de doenças. Ele traz, além de uma análise crítica do cenário epidemiológico, organização das fases de resposta e as respostas em si por setores”, diz o diretor-geral de Vigilância Ambiental da SES-PE, Eduardo Bezerra.
“O plano está construído para os anos de 2025 e 2026. Ele pode ser atualizado ao longo que novas orientações ou novos fatos estejam em vigor.”
Medidas de prevenção
Diante da circulação dos quatro sorotipos da dengue, é fundamental intensificar as medidas de prevenção, especialmente no controle ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti.
Eliminar focos de água parada, utilizar repelentes e instalar telas de proteção são algumas das ações recomendadas.
Outras medidas como usar roupas que cubram o corpo ajudam a reduzir o risco de infecção.
Em caso de suspeita de dengue, é essencial procurar atendimento em unidades de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
Deve-se ainda evitar a automedicação, especialmente com anti-inflamatórios, que podem agravar o quadro. Diante de qualquer sinal de mal-estar, é fundamental ir a unidade de saúde.