
Conforme descrito em um estudo da Nature Neuroscience, a tecnologia criada funciona quase em tempo real e é capaz de reconstruir o som da própria voz do paciente. Segundo Gopala Anumanchipalli, co-investigador principal do estudo, a tecnologia neuroprostética, criada por eles, faz a decodificação rápida já vista em alguns dispositivos usados pelas pessoas como a Alexa e a Siri, o que possibilita “uma síntese de fala mais naturalista e fluente”.
Para conseguir treinar a IA, os pesquisadores usaram dados de função cerebral de pacientes com paralisia, tentando falar várias palavras que eram mostradas em uma tela. Depois disso, eles fizeram o mapeamento da atividade neural diante de cada palavra e, então, combinaram os dados obtidos com um modelo de conversão de texto em fala.
Transformar as ondas cerebrais em texto falado
Em 2023, os pesquisadores fizeram um estudo onde a neuroprótese demorou oito segundos para transformar as ondas cerebrais em texto falado depois do paciente tentar falá-las. No estudo mais recente, foi visto um avanço muito grande, com a pausa sendo de somente um segundo. Agora, os pesquisadores trabalham para que a expressividade da voz seja melhorada.
Transformando ondas cerebrais em texto falado, a neuroprótese, não somente ajuda os pacientes com paralisia a se comunicarem, mas também faz com que exista uma conexão mais natural entre o paciente e sua família e amigos.
“É emocionante que os últimos avanços em IA estejam acelerando muito as interfaces cérebro-computador para uso prático no mundo real em um futuro próximo”, concluiu Edward Chang, co-autor sênior do estudo.
Fonte: Olhar digital
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