Como irmão de Lula ascendeu em sindicato investigado por fraudes no INSS


Como irmão de Lula ascendeu em sindicato investigado por fraudes no INSS

Uma das entidades investigadas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União por participar de um esquema que desviou bilhões de reais dos aposentados e pensionistas do INSS é um sindicato dirigido por um dos 17 irmãos do presidente Lula. As informações são da VEJA.

José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados Pensionistas e Idosos (Sindnapi), posto que assumiu em agosto do ano passado.

Fundado em 2000 e ligado à Força Sindical, o Sindnapi é apontado nas investigações como a terceira entidade que mais arrecadou com os descontos ilegais nas aposentadorias entre 2019 e 2024. Foram 259 milhões de reais neste período.

Para a Polícia Federal, a entidade deixou de apresentar a documentação necessária para comprovar que fez os descontos com a autorização dos associados.

Frei Chico chegou ao sindicato por intermédio de Lula. Interlocutores da Força Sindical contam que o petista era amigo de João Batista Inocentini, ex-presidente da entidade.

Lula pediu a Inocentini que acomodasse Frei Chico em algum posto do Sindnapi. Prontamente, o dirigente atendeu ao apelo feito pelo amigo.

Inocentini morreu em agosto de 2023, deixando a presidência do sindicato para Milton Baptista de Souza, que comanda a entidade até hoje. Foi ele que, em agosto do ano passado, decidiu colocar Frei Chico na chapa como vice-presidente.

O irmão do presidente possui diversas atribuições, dentre elas substituir Souza em caso de ausência, participar da elaboração de regras internas e definir o valor das mensalidades cobradas de quem se filia ao sindicato.

Apesar de ser citada na investigação da PF, o Sindnapi foi poupado de medidas recentes tomadas pelo governo em relação às fraudes.

A Advocacia-Geral da União, por exemplo, não incluiu o sindicato na lista de entidades que tiveram os recursos bloqueados para ressarcir os aposentados que foram vítimas do esquema.

A AGU informou que solicitou o bloqueio de recursos de 12 entidades, além de ter pedido também as quebras de sigilo fiscal e bancário de seus dirigentes.

Chefe do órgão, o ministro Jorge Messias explicou que só incluiu na lista as entidades que foram aparentemente criadas apenas para viabilizar as fraudes — o que não seria o caso do sindicato dirigido pelo irmão do presidente.
VEJA

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