O novo salário mínimo está provocando impacto na vida dos trabalhadores, nas empresas e nas indústrias. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 48 milhões de brasileiros recebem um salario mínimo por mês. Desse total, 70% deles residem no Nordeste. Em Pernambuco, uma parte deles pode ser encontrada na indústria. É que 25% de um total de 1,2 milhão de pessoas empregadas no setor recebem um salário mínino.
Segundo a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), 70% dos empresários aprovaram a proposta. Os outros 30% acreditam que terá alguma dificuldade para pagar.
“Nós temos duas saídas. Uma saída que eu considero burra é passar os custos para os produtos finais. A outra é compensar as produções, aumentando a produtividade, revendo os perfis produtivos e fazendo com que com esse ganho de produtividade tenham condições de absorver esse aumento, sem necessidade de repassar os seus custos finais”, afirmou Jorge Corte Real, presidente da Fiepe.
“Nós temos duas saídas. Uma saída que eu considero burra é passar os custos para os produtos finais. A outra é compensar as produções, aumentando a produtividade, revendo os perfis produtivos e fazendo com que com esse ganho de produtividade tenham condições de absorver esse aumento, sem necessidade de repassar os seus custos finais”, afirmou Jorge Corte Real, presidente da Fiepe.
De acordo com o Dieese, em 28 anos, o salário mínimo brasileiro nunca valeu tanto. O poder aquisitivo atual é igual ao que o trabalhador tinha em 1984. Essa pode ser a oportunidade que o mercado nacional estava esperando para enfrentar os possíveis efeitos da crise econômica de países da Europa e dos Estados Unidos. Os especialistas apostam no crescimento do consumo de bens não-duráveis, como roupas e produtos de linha branca, e o gasto com alimentação também deve aumentar.