Brasil é o 4º país com maior número de assassinatos de crianças e adolescentes‏


Brasil é o 4º país com maior número de assassinatos de crianças e adolescentes‏

No mês em que o Estatuto da Criança e do Adolescente completa vinte e dois anos, um levantamento revela que, entre noventa e dois países, o Brasil é o quarto colocado em número de assassinatos de crianças e adolescentes.
A informação foi divulgada pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais e pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos, que fizeram uma análise com dados registrados entre 1980 e 2010.
O estudo resultou no “Mapa da Violência 2012”, divulgado nesta quarta-feira. O autor da publicação, o sociólogo e professor da Flacso, Julio Jacobo Waiselfisz (se lê Júlio Jacôbo Uaiselfis), comenta que existe uma diferença “gritante” entre o Brasil e países como Áustria, Espanha, Irlanda, Itália, Noruega, Polônia, Portugal e Reino Unido, quando se fala em níveis de agressão a crianças e adolescentes.
“Inglaterra tem uma taxa de zero vírgula dois homicídios a cada cem mil crianças e adolescentes; nós temos treze – sessenta e cinco vezes mais. Algo existe em nossa cultura que leva a uma atitude indisciplinadora e agressiva da família contra a criança. Isso marca que estamos numa situação que devemos avançar muito ainda para, realmente, ser um país que tem um mínimo de civilização com as crianças.”
Para o sociólogo e professor da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais, Julio Jacobo Waiselfisz, o Brasil tem uma legislação bem avançada, que estabelece os direitos dos cidadãos, das mulheres, dos idosos, das crianças e dos adolescentes, mas, por outro lado, essa mesma legislação nem sempre é lembrada, explicada e compreendida, na avaliação do especialista.
“Não chegamos ainda ao nível em que nenhuma violência contra a criança tem que ser tolerada, nenhuma violência contra a criança pode ser justificada. Isso disse o Estatuto da Criança e do Adolescente; isso disse a Constituição Federal: a criança e o adolescente tem direito à vida, à saúde, a bons tratos, amor etc.”
Para fazer esse levantamento, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz analisou dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, que disponibilizou registros do Sistema de Informações de Mortalidade e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, além de números do Sistema de Informações Estatísticas da Organização Mundial da Saúde. O “Mapa da Violência 2012” está sendo entregue a deputados e senadores brasileiros e pode ser encontrado nos sites www.flacso.org.br ewww.cebela.org.br.
Informações de Natália Borges

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