O
Blog percorreu os 80 quilômetros entre Serra Talhada e Afogados da
Ingazeira para verificar como está o andamento da principal obra hídrica
na região: a Adutora do Pajeú, que promete resolver o drama do
abastecimento em cidades da região pernambucana e da Paraíba. Hoje,
Serra Talhada é beneficiada com a primeira etapa do projeto.
No
ultimo dia 12 de abril, o Ministro Fernando Bezerra Coelho esteve em
Afogados da Ingazeira e garantiu que iria acelerar o ritmo da obra,
prometendo entregá-la no dia 1º de julho no município, no Médio Pajeú.
Nos
primeiros quilômetros entre Serra Talhada e o Distrito de canaã,
município de Calumbi, se concentra o trecho mais executado da obra. A
partir daí, as ações da instalação da Adutora vão ficando menos
intensas. Não há 40% da obra totalmente executada, por estimativa.
Pelo
que o blog apurou, faltando apenas 51 dias para a data, é praticamente
impossível, a não ser que haja uma força tarefa descomunal, entregar a
obra em Afogados nesta data. Isso porque a tubulação só está
definitivamente colocada em cerca de 25% da obra, ou vinte quilômetros.
Até o quilômetro 28 percorrido, a tubulação foi colocada, mas ainda
falta a compactação da cobertura e escavação em áreas urbanas como na
entrada de Calumbi. A obra de escavação não começou ao lado da cidade.
Estação Elevatória 4, pouco depois de Serra Talhada : obra ainda está na fase intermediária da alvenaria
A
partir daí, o que se vê são trechos de escavação, com pouca tubulação
já posta no local, externa ou dentro do solo. Há trechos entre Calumbi e
Flores com grande variação de declividade e rochas, o que vai
dificultar o trabalho. Em alguns pontos até o quilômetro 52 entre Serra e
Afogados, há homens trabalhando, mas ainda nivelando o terreno para a
etapa posterior, de escavação ou colocação dos suportes de concreto para
tubulação.
O
último sinal da Adutora no trajeto é visto em Carnaíba, examente a 60
quilômetro do início desta etapa da obra, com vários tubos empilhados
aguardando o início do serviço.
Máquinas
fazem o trabalho de escavação. Em áreas urbanas, como a entrada de
Calumbi, o serviço não avançou, se concentrando nos trechos que margeiam
a PE 320, menos complexos
Além
disso, todas as estações elevatórias necessárias para vencer o
desnível do terreno entre os pontos mais altos do relevo, ao longo dos
percursos dos canais, estão em construção muito inicial. Há um a quatro
quilômetros de Serra Talhada e outro no quilômetro 28 a partir da
Capital do Xaxado. Nenhuma concluída e ainda com muito a fazer.
Especialistas
consultados pelo Blog garantem o que primariamente pode ser visto a
olho nú : não há tempo para entregar o eixo leste pronto na etapa que
vai até Afogados no prazo estipulado de 1º de julho. “É razoável dizer
que dá pra concluir no segundo semestre, mais provavelmente no último
trimestre do ano", afirmou um deles ao Blog.
Quatro
momentos da obra da Adutora : No quilômetro 39 entre Serra e Afogados
tubos no chão aguardando serem colocados. Até 52 quilômetros, algumas
placas indicam onde homens estão trabalhando. Pouco antes, a 46
quilômetros, uma máquina nivela o terreno à noite. Em Carnaíba, pilhas
de tubos são vistas próximas ao prédio da Escola Técnica Estadual. Ritmo
não garante entrega em julho.
Dessa
etapa ainda dependem cidades como Triunfo, que teve a garantia de um
ramal levando água à cidade, além de todos os demais municípios que
serão beneficiados com a obra. Isso também retarda a esperança de quem
está na etapa final da Adutora que passa pelo Alto Pajeú e chega a
Taperoá, na Paraíba.
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