Representando a CMN, a técnica educadora Fátima Silva enfatizou a necessidade da implantação com urgência da Delegacia da Mulher no município de Afogados da Ingazeira, como fora prometido pela secretária da Mulher do Governo do Estado de Pernambuco, Cristina Buarque, após carta aberta de reinvindicações entregue pelo movimento feminista a candidatos/as no último período eleitoral. ‘’As mulheres vítimas de violência precisam de um atendimento especializado e, para isso, a Delegacia da Mulher tem que ser implantada urgentemente, com agentes preparados e cientes de todos os detalhes da Lei Maria da Penha, para que os agressores não permaneçam impunes’’. (continua...)
Também participaram da entrevista, a técnica educadora da Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú, Ana Cristina Nobre, e o Presidente da Câmara de Vereadores, Augusto Martins. Questionados acerca das últimas estatísticas divulgadas que mostram que a Lei Maria da Penha não reduziu o número de mortes de mulheres, Fátima defende que a lei representa uma grande conquista para as mulheres, o problema é que ainda não saiu completamente do papel.
‘’Na verdade, aumentou o número de mulheres que criaram coragem de denunciar, e como a lei não é aplicada como deveria, os agressores permanecem livres e se vingam dessas mulheres com mais violência’’, disse.
Segundo Ana Cristina, é muito importante que as mulheres desenvolvam alguma atividade produtiva para que conquistem autonomia, no entanto, a dependência financeira não é determinante para as situações de violência doméstica. ‘’Estudos mostram que há uma série de fatores que geram a violência de gênero. É momento de colocar essa discussão em pauta e chamar a sociedade para mostrar o papel de cada pessoa nessa luta’’, afirma.
Audiência Pública - Augusto Martins aproveitou para convidar a sociedade para uma Audiência Pública nesta terça-feira(29), às 19h, na Câmara de Vereadores. Com o tema ‘’Justiça Para as Mulheres, Agora e Sempre’’, a Audiência é uma iniciativa da Secretaria Estadual da Mulher e tem como objetivo discutir os avanços e retrocessos da Lei Maria da Penha, em vigor há sete anos.
Por Juliana Lima / Blog do Nill Júnior
