Magnata Wang Jianglin anunciou conglomerado de entretenimento no gigante asiático, poucas semanas antes da abertura de um parque Disney em Xangai
O parque temático 'Wanda City', em Nanchang, na província de Jiangxi, na China(STR/AFP)
Diante da "invasão" de culturas estrangeiras, "queremos ser um modelo (...) e afirmar a força da influência dos chineses no âmbito cultural", disse Wang Jianlin,na cerimônia de inauguração do parque, informou a televisão oficial CCTV. Uma semana antes, Wang - o homem mais rico da China, segundo a revista Forbes - havia desafiado abertamente seu adversário: o gigante americano de entretenimento Disney, que abrirá em meados de junho em Xangai seu primeiro parque no continente.
"A loucura por Mickey Mouse e Pato Donald (...) passou, a época na qual imitávamos cegamente a Disney terminou há anos", disse Wang em uma longa entrevista à CCTV. Depois do aberto em Nanchang neste sábado, o grupo chinês prevê construir outros seis parques na China nos próximos três anos, e chegar a 15 até 2020. "Queremos atuar para que a Disney não possa ser rentável neste setor (dos parques de diversões) na China em 10 ou 20 anos", insistiu Wang Jianlin.
No entanto, os objetivos do Wanda parecem muito ambiciosos, segundo os especialistas, que criticam a falta de experiência do grupo chinês, diferente do grupo americano que se baseia na franquia de seus populares parques temáticos. A Disneyland de Xangai, que precisou de um investimento de 5,5 bilhões de dólares, será o sexto parque do grupo, e o quarto construído no exterior, depois de Paris, Tóquio e Hong Kong.