Edvaldo estava junto com um grupo que protestava por segurança na cidade de Itambé quando foi atingido por um tiro de borracha na perna. O MPPE denunciou por homicídio doloso, quando há intenção de matar ou se assume o risco de que isso aconteça, o soldado Ivaldo Batista e o capitão Ramon Tadeu. No inquérito policial, os dois militares haviam sido indiciados por homicídio culposo, sem intenção. Segundo a polícia, Ramon deu a ordem para que Ivaldo disparasse contra Edvaldo. O rapaz morreu em 11 de abril, após 24 dias internado.
Na apresentação do posicionamento do MPPE, ocorrida no dia 13 de junho, o promotor João Elias da Silva Filho também pediu a responsabilização dos dois outros militares que estavam no local. Os policiais Ivaldo e Ramon foram afastados das atividades de rua e respondem a processo administrativo também na PM. Ambos são lotados na Companhia Independente de Goiana.
No inquérito policial, somente o capitão e o soldado Ivaldo haviam sido indiciados pelo assassinato. Para a Polícia Civil, os PMs não tinham treinamento específico para usar armas com balas de borracha. O capitão também foi indiciado por abuso de autoridade, por ter dado um tapa no rosto da vítima no momento em que ela era socorrida, mas o promotor entendeu que ele cometeu crime de tortura. O tenente Silvino Lopes de Souza e o soldado Alexandre Dutra da Silva foram denunciados por omissão.