Diante do cenário de persistência da doença no Estado, que apresenta crescimento desde 2016, a SES convocará os gestores de municípios que estiveram no mapa da enfermidade para discutir estratégias de freá-la. A previsão é de que a reunião ocorra até o início de fevereiro. “Acho que esse ano que passou foi um termômetro importantíssimo para que possamos realmente cobrar dos municípios e trabalhar juntos com eles uma política de enfrentamento maior. Porque esta ainda é uma doença muito negligenciada no Brasil”, comentou o coordenador de estadual de zoonoses da SES, Francisco Duarte.
O gestor, inclusive, apontou que no nível federal existem lacunas sobre enfrentamento que poderiam municiar estados e municípios no combate a enfermidade. “Você ver que tem programa para arboviroses, mas cadê o programa do Governo Federal para leptospirose? Não existe uma política como existe para dengue, arboviroses ou para outras doenças”, criticou. Duarte afirmou que os principais pontos a serem debatidos com os municípios na tentativa de controlar os casos e mortes da doença em 2018 serão saneamento, coleta de lixo e conhecimento populacional sobre o mal. “Só jogar raticida tem impacto muito baixo. Isso ajuda no controle de foco. E esse controle de foco se não for bem feito temos o que chamamos de efeito boomerang, faz é aumentar a população de roedores nesses lugares. É preciso políticas macro”, explicou.
Veja mais em "continuar lendo" abaixo🔽Sobre o aumento de casos em 2017, Duarte destacou que o acumulado de casos reflete não a explosão de número de ratos, mas esta relacionada às enchentes que inundaram várias cidades nos meses de junho e julho. Mesmo com as águas baixando faz algum tempo, a bactéria presente na urina dos roedores contaminados pode permanecer viável para contágio humano por até seis meses. Em espaços com lama, lixo e mato podem servir de reservatório para o microorganismo. É por isso que, segundo ele, moradores de bairros com pouca infraestrutura básica tem risco triplicado de adoecer.
Mortes
Na lista dos 24 óbitos, estiveram 12 cidades. O Recife teve sete mortes confirmadas. Em Jaboatão dos Guararapes foram quatro, seguido de Olinda com três e Itamaracá com dois. Paulista, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Moreno, Vitória de Santo Antão, Água Preta e Escada tiveram uma morte cada.
Da Folha de Pernambuco
Mortes
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Da Folha de Pernambuco