A nova regra só será possível com a adoção de tecnologias de segurança. Conforme a resolução 718 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), a nova carteira terá o formato de um cartão de crédito e reunirá dados cadastrais do motorista tanto na parte impressa quanto na memória digital. As informações poderão ser lidas por smartphones dotados de aplicativos desenvolvidos para agentes de trânsito. Sérgio Yoshioka, mestre em engenharia de computação e professor da Unisal, afirma que unir dados biométricos e cadastrais que possam ser lidos digitalmente praticamente elimina as possibilidades de fraude. O especialista diz que seria importante utilizar tecnologia de leitura facial, a mesma já disponível em alguns celulares. Com isso, não haveria a necessidade de apresentar o documento em uma blitz, por exemplo. "Também será interessante incluir dados que podem ser utilizados em caso de acidente, como o tipo sanguíneo e o número da carteira do SUS, informações que, por ficarem descentralizadas, dificultam o socorro", diz Yoshioka.
⏩ Mostrar matéria completa ⏪
A primeira medida para reduzir as fraudes entrou em vigor em maio de
2017. Desde então, todas as CNHs emitidas no Brasil trazem QR Code
(código para leitura digital de informações) com dados dos motoristas,
mas ainda impressas em papel-moeda. Há também versão digital. Esse
código estará na carteira do professor de geografia Carlos Augusto de
Oliveira, 32. "Decidi só obter a CNH agora por reunir três itens
essenciais: dinheiro, tempo e interesse. Quando mais novo, não tinha
nenhum deles", diz Oliveira. Ele terá habilitação para moto e carro,
categorias A e B.
O professor afirma que, ao longo do processo iniciado em março, não recebeu nenhuma informação sobre como será a futura carteira, nem sobre a CNH digital. "Soube apenas pela mídia", conta. Em nota, o Detran-SP informa que "está analisando as medidas previstas na resolução 718 e os procedimentos necessários para adotá-las".
O Departamento Nacional de Trânsito diz que "as empresas [que produzirão as carteiras] serão previamente credenciadas e posteriormente habilitadas pelos Detrans, seguindo o mesmo modelo de negócio atual". Esse processo ainda não teve início. O cronograma publicado pelo Contran prevê que as novas carteiras sejam emitidas a partir de janeiro, mas são esperados atrasos. A adoção do QR Code, bem mais simples, só começou cinco meses após a data que constava na resolução. Já a medida provisória que modificará a forma de emissão deverá ser publicada antes das eleições, e é vista como uma tentativa de melhorar a popularidade do governo Michel Temer em sua reta final. O responsável pela proposta é o ministro das Cidades, Alexandre Baldy. Para Sérgio Yoshioka, as mudanças esbarram no desconhecimento de parte da população e obrigam que o documento físico continue a existir por muito tempo. "Nem todos são adeptos de tecnologia, embora haja mais celulares que habitantes no Brasil, e muitos não têm acesso a esses recursos", diz o professor. (Via: Folha PE)
Reproduzido por Blog Tv Web Sertão
O professor afirma que, ao longo do processo iniciado em março, não recebeu nenhuma informação sobre como será a futura carteira, nem sobre a CNH digital. "Soube apenas pela mídia", conta. Em nota, o Detran-SP informa que "está analisando as medidas previstas na resolução 718 e os procedimentos necessários para adotá-las".
O Departamento Nacional de Trânsito diz que "as empresas [que produzirão as carteiras] serão previamente credenciadas e posteriormente habilitadas pelos Detrans, seguindo o mesmo modelo de negócio atual". Esse processo ainda não teve início. O cronograma publicado pelo Contran prevê que as novas carteiras sejam emitidas a partir de janeiro, mas são esperados atrasos. A adoção do QR Code, bem mais simples, só começou cinco meses após a data que constava na resolução. Já a medida provisória que modificará a forma de emissão deverá ser publicada antes das eleições, e é vista como uma tentativa de melhorar a popularidade do governo Michel Temer em sua reta final. O responsável pela proposta é o ministro das Cidades, Alexandre Baldy. Para Sérgio Yoshioka, as mudanças esbarram no desconhecimento de parte da população e obrigam que o documento físico continue a existir por muito tempo. "Nem todos são adeptos de tecnologia, embora haja mais celulares que habitantes no Brasil, e muitos não têm acesso a esses recursos", diz o professor. (Via: Folha PE)
Reproduzido por Blog Tv Web Sertão