Atual presidente do Senado, Eunício disputou voto a voto com o
empresário Eduardo Girão (Pros) a segunda vaga de senador pelo Ceará. Na
liderança isolada, Cid Gomes (PDT) amealhou mais de 3,2 milhões de
votos e venceu com folga. Eunício foi delatado como o destinatário de 5
milhões de reais em caixa dois de campanha, aparece com o codinome Índio
na planilha da Odebrecht e, conforme revelou VEJA, foi apontado como um
dos senadores do MDB que se beneficiou de desvios de dinheiro da
construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e de fraudes nos
investimentos realizados pelo Postalis, fundo de pensão dos
trabalhadores dos Correios.
Edison Lobão, que terminou na quarta
colocação na disputa por uma vaga ao Senado pelo Maranhão, conseguiu
pouco mais de 500.000 votos, ficando atrás de Weverton Rocha (quase 2
milhões de votos), Eliziane Gama (1,5 milhão) e Sarney Filho (cerca de
740.000 votos). Entre outras acusações no petrolão, Lobão é suspeito de
receber 5,5 milhões de reais para interferir em obras do Projeto
Madeira.
Na delação da Odebrecht, Lindbergh Farias é alvo de
inquérito que apura pagamentos, via caixa 2, para suas campanhas em 2008
e 2010. Na disputa por uma cadeira ao Senado pelo Rio de Janeiro, o
petista foi desbancado por Flávio Bolsonaro (PSL) e Arolde de Oliveira
(PSD) e conquistou apenas a quarta colocação, com 10,17% dos votos.
Outros
dois nomes encrencados na Lava Jato – a petista Gleisi Hoffmann e o
tucano Aécio Neves – buscaram sobrevida política abdicando de disputar a
reeleição no Senado e optando por uma vaga na Câmara dos Deputados.
Gleisi foi a terceira deputada federal mais votada no Paraná, com
212.513 votos. Aécio Neves teve pouco mais de 100.000 votos para
deputado por Minas Gerais e ficou na 19ª colocação, o suficiente para
lhe garantir o mandato. Ao contrário de cidadãos comuns, antes da
execução de uma eventual pena, senadores e deputados só podem ser presos
em flagrante e por crimes inafiançáveis.
Nas eleições deste domingo,
ex-governadores que disputavam uma cadeira na Câmara Alta, como Marconi
Perillo (PSDB) ou Beto Richa (PSDB), também amargaram derrotas
retumbantes. O goiano ficou apenas na quinta colocação, com 7,55% dos
votos válidos, enquanto Richa, preso há menos de um mês na 55ª fase da
Lava-Jato, terminou a disputa na sexta colocação, com 3,73% da
preferência do eleitorado paranaense.
Em Minas Gerais, a
ex-presidente Dilma Rousseff (PT), delatada na Lava-Jato pelo
marqueteiro João Santana, pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht e pelo
empresário Joesley Batista, por exemplo, não conseguiu ser eleita
senadora. Ela teve 15,35% dos votos válidos, terminando a disputa na
quarta colocação. Reportagem de VEJA em maio mostrou que Joesley revelou
aos investigadores que Dilma dispensou intermediários e tratou
pessoalmente de propina.
De acordo com o delator, a petista lhe
pediu, dentro do Palácio do Planalto, uma doação ao ex-ministro do
Desenvolvimento Fernando Pimentel durante a campanha do petista ao
governo de Minas em 2014. Na eleição deste domingo, Pimentel, candidato à
reeleição, não saiu da terceira colocação na disputa pelo governo
mineiro. O segundo turno no estado será entre Romeu Zema (Novo) e
Antonio Anastasia (PSDB). (Via: Veja)
Reproduzido por Blog Tv Web Sertão
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