Para o diretor de Vendas e Desenvolvimento de Negócios do PayPal, Thiago Chueiri, a expansão do comércio virtual neste ano ganhou um impulso extra com a quarentena causada pelo novo coronavírus. “Claro que pega uma parte do reflexo da pandemia que digitalizou bastante consumidores empreendedores também. Os dois lados da cadeia.
A quarentena forçou drasticamente essa digitalização”, ressaltou.
Para ele, a quarentena forçou especialmente as empresas a aderirem ao modelo de vendas pela internet. “Grande parte é de pequenos empreendedores buscando a sobrevivência nesse novo contexto. Dependiam de um ponto físico e tiveram que se adaptar”, acrescentou.
Além disso, Chueiri relaciona o crescimento expressivo do número de lojas virtuais, em comparação aos negócios físicos, que têm se expandido a uma média de 10% ao ano, à situação econômica do país. “Uma piora da situação econômica, em geral, leva as pessoas a buscarem mais alternativas para empreender”, enfatizou.
Pequenos negócios
A maior parte das páginas que fazem vendas na internet (88,7%) é, segundo a pesquisa, formada por pequenos negócios com até 10 mil visitas por mês. As grandes empresas, com mais de meio milhão de visitas mensais, respondem por 8,7% do total de lojas virtuais.
Mais da metade (52,6%) não têm empregados, com apenas os sócios trabalhando na manutenção do empreendimento, e 48% faturam até 250 mil por ano.
O preço médio dos produtos é de até R$ 100 em 76,6% das lojas virtuais. Em 10,7% delas, a faixa média de preços é acima de R$ 1 mil.
Apesar do crescimento deste ano ter tido o impulso da pandemia, o diretor do PayPal acredita que existem mudanças de comportamento que serão incorporadas à vida cotidiana. “Você uma vez que experimentou isso, passa a fazer parte do seu cotidiano. E a gente sabe que o home office vai estar muito mais presente no cotidiano do consumidor brasileiro e digital. Estando mais presente em casa, tende a consumir mais pelos meios digitais”, analisou.
Agência Brasil