Antes de morrer, homem devolve azulejos do século 17 por correio a museu


Antes de morrer, homem devolve azulejos do século 17 por correio a museu

Muitas pessoas gostam de ir a museus e absorver toda história e conhecimento que esses lugares têm para oferecer. E, em determinados casos, bate até uma vontade de levar algumas peças para casa. Claro que isso não é possível. Mas existem casos onde a pessoa manda o tesouro que tinha em casa para o museu. Esse foi o caso desse homem que devolveu azulejos para o museu.

O local do caso foi o Museu Royal Łazienki, em Varsóvia, na Polônia, que recebeu um pacote misterioso vindo do Canadá. No pacote estavam 12 azulejos originais do século XVII que eram de um pavilhão de banhos barroco. O envio do pacote foi feito por um remetente anônimo, que foi um homem que devolveu os azulejos um pouco antes de morrer. Agora, o caso está sendo investigado pelas autoridades polonesas.
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Devolver azulejos
Esses azulejos estavam desaparecidos desde a Segunda Guerra Mundial. Eles tinham sido encomendados por Stanisław Herakliusz Lubomirski, um nobre polonês que viveu de 1642 a 1702.

Com a devolução feita, os azulejos estão sendo expostos no museu a respeito do nobre que mostra a sua vida, legado, história e arquitetura dos banhos barrocos. No fim do século XVII, Lubomirski mandou construir um pavilhão de banhos barroco em Varsóvia, na Polônia. Em 1764, o rei Stanisław Augusto comprou e ampliou o local e fez ele se tornar o atual Palácio da Ilha, que abriga o Museu Real Łazienki.

Algumas paredes do palácio eram decoradas com os azulejos holandeses. Eles eram azuis e brancos e tinham imagens de árvores e pastores. Na época da Segunda Guerra Mundial, os nazistas colocaram fogo no palácio e alguns exemplares acabaram desaparecendo.

“Esta história é um cenário pronto para um filme. Os azulejos de cerâmica holandeses originais que no século 17 decoraram o interior do atual Palácio da Ilha, estão de regresso ao Museu Royal Łazienki após anos”, escreveu o Ministério da Cultura e Patrimônio Nacional da Polônia.

Segundo o Art Newspaper, o mais provável é que esses azulejos tenham sido feitos em Utrecht, Holanda, entre 1690 e 1700. “Segundo historiadores da arte, tais azulejos se tornaram um sinal do status financeiro do anfitrião, e a moda foi iniciada pela corte francesa em Versalhes”, explicou o Nauka w Polsce, um portal polonês.

Museus
Nesse caso, o homem devolveu os azulejos que não eram dele para o museu. Mas e se os próprios museus devolvessem o que não lhes pertence? Principalmente na Europa, grande parte do acervo de seus museus é composto por arte colonial espoliada. Ou seja, arte que foi tirada das colônias europeias e nunca chegou a ser devolvida. Contudo, um museu de Londres anunciou que irá devolver para a Nigéria artefatos saqueados no século XIX, ainda no período do Reino de Benin.

O museu em questão é o Museu Horniman. Ele disse que a propriedade de 72 objetos irá ser transferida para o governo nigeriano. Dentre os itens estão 12 placas de bronze, conhecidas como Bronzes do Benin, um galo de bronze e uma chave do palácio do rei.

Essa decisão foi tomada em janeiro de 2022 depois de um pedido da Comissão Nacional de Museus e Monumentos da Nigéria (NCMM). Além disso, o museu no sudeste de Londres disse que consultou membros da comunidade, visitantes, crianças em idade escolar, acadêmicos, profissionais da área de patrimônio e artistas baseados na Nigéria e no Reino Unido.

“Todas as suas visões sobre o futuro dos objetos do Benin foram consideradas, juntamente com a proveniência dos objetos”, explicou o museu.

Depois de tudo isso, a presidente do museu também disse que era “moral e apropriado” que esses objetos fossem devolvidos.

“É muito claro que esses objetos foram adquiridos à força, e a consulta externa reforçou nossa opinião de que é moral e apropriado devolver sua propriedade à Nigéria. O Museu Horniman está satisfeito por poder dar este passo e estamos ansiosos para trabalhar com o NCMM para garantir cuidados de longo prazo para esses artefatos preciosos”, disse Eve Salomon, presidente do museu.

Essa devolução também vem sendo feita porque, nos últimos anos, a pressão política sobre governos e museus europeus vem aumentando.

Esses objetos da coleção do Horniman foram somente alguns dos artefatos devolvidos para a Nigéria nos últimos meses de museus em países ocidentais. Tanto que, no mês passado, o Jesus College, em Cambridge, na Inglaterra, e a Universidade de Aberdeen, na Escócia, devolveram uma escultura de galo e outra da cabeça de um obá.

Além deles, as autoridades alemãs também devolveram mais de 1.100 artefatos para o país da África Ocidental.

Ainda sobre suas peças, o NCMM diz que algumas das esculturas de valor inestimável serão armazenadas no Museu Nacional do Benin assim que for ampliado e outras serão armazenadas no Museu de Lagos.

Embora o museu britânico tenha a maior coleção de bronzes de Benin do mundo, ele é impedido de devolver os itens de forma permanente por conta da Lei do Museu Britânico de 1963 e pela Lei do Patrimônio Nacional de 1983.
Fonte: Galileu, G1

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