Técnico diz estar consciente de que o trabalho para formar um bom time é complicado; atacante vê evolução nos últimos dois jogos
O jejum da seleção:

14/11/12 - Brasil 1 x 1 Colômbia
21/11/12 - Argentina 2 x 1 Brasil
6/2/13 - Inglaterra 2 x 1 Brasil
21/3/13 - Brasil 2 x 2 Itália
25/3/13 - Brasil 1 x 1 Rússia
Já são três jogos em sua segunda fase como técnico à frente da seleção
brasileira e nenhuma vitória. Mas o técnico Luiz Felipe Scolari tenta
lidar com naturalidade com a situação. "Todos sabem que não existe
atalho para o sucesso de uma equipe. Vamos ter de vencer etapas e sei
que estamos melhorando. Para chegar lá, temos de ir assim", afirmou
Felipão após o empate por 1 a 1 com a Rússia, nesta segunda-feira, em
Londres. O time já havia empatado com a Itália, na quinta-feira passada,
e perdido por 2 a 1 para a Inglaterra, em fevereiro. Somados aos dois
últimos jogos sob o comando de Mano Menezes, empate por 1 a 1 com a
Colômbia e derrota por 2 a 1 para a Argentina, já são cinco partidas do
Brasil sem vencer.

Mas, para Felipão, o time até mereceu elogios diante da Rússia. "O que
me satisfez foi a reação da equipe, que levou o gol, mas não se
desesperou, inverteu jogadas e ainda tivemos a chance de fazer nosso
gol", disse o técnico. O Brasil volta a jogar no mês que vem, em duas
ocasiões: no dia 6, contra a Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra, e no
dia 24, contra o Chile, em Belo Horizonte. E Felipão acredita que vai
contar com o carinho da torcida em seu primeiro jogo em casa. "Nós já
temos a confiança necessária dos torcedores brasileiros. O que
precisamos é continuar trabalhando com esse grupo para ter uma equipe
mais forte na Copa das Confederações. Acho que o grupo será muito bem
recebido para esse torneio e para o Mundial, e vamos dar a resposta",
avisou o otimista Scolari.
Neymar teve mais uma atuação discreta na partida contra os
russos,continua sem marcar gols com Felipão como técnico e apontou a
falta de entrosamento com os demais jogadores como principal motivo - e
não uma eventual marcação mais forte de adversários europeus. "A
marcação é igual à que encontro no Brasil, forte da mesma forma. Mas
tenho mais entrosamento no clube. Ainda estamos buscando isso aqui. Mas
estamos no caminho certo", disse, no espírito da avaliação do treinador.
"Buscamos o jogo. O empate não era o resultado que a gente queria, mas
foi melhor do que a derrota. Enfrentamos duas seleções excelentes. A
gente se saiu melhor contra a Itália, mas, no geral, o time está se
encaixando, ficando cada vez melhor. E eu estou melhorando junto com a
equipe", diz.

Mais realista, Kaká não gostou de sua atuação. Ele saiu no segundo
tempo, substituído por Diego Costa, e admitiu que deixou a desejar, mas
ainda acredita que pode ter novas chances. Seu principal adversário é
Ronaldinho Gaúcho, do Atlético-MG, que deve ser chamado para os jogos
contra Bolívia e Chile. "Não foi o meu melhor jogo pela Seleção, acabei
errando em momentos decisivos, nem sempre as coisas saem como a gente
quer. Foi um passo que dei. Sei que preciso acrescentar algumas coisas,
corrigir outras, aproveitar algo do que fiz. Futebol é momento. Vai
depender daquilo que eu fizer pelo meu clube. O Felipão tem acompanhado
os jogos", afirmou.